Fala sumanos, nós do Visite Amapá, estamos chegando com mais um conteúdo pai d’água sobre nossa terra tucuju, a matéria de hoje é a primeira de uma série biografias que iremos postar sobre personalidades que contribuíram para formacão da cultura, da identidade amapaense. Esse quadro irá se chamar “Nossa gente, nosso jeito tucuju”, semanalmente iremos lançar matérias com a biografia de uma personalidade amapaense! Para dar ponta-pé inicial trazemos para vocês um pouco da história de Raimundo do Santos, o nosso Sacaca!
Boa leitura, meu mano!
Quem foi Sacaca?
Raimundo dos Santos Souza, popularmente conhecido Sacaca, veio a esse mundo em 1926 e se tornou uma personalidade histórica na cultura amapaense. Ele começou ainda criança a explorar a floresta, juntamente com seu pai, um atuante na extração de madeira, e com o passar do tempo, Sacaca veio a se tornar um grande conhecedor de ervas, raízes e plantas medicinais amazônicas, e com isso começou a fazer “garrafadas”, medicamentos naturais, que atraiam pessoas até mesmo do exterior. Vale ressaltar que seu apelido “Sacaca”, vem da planta de mesmo nome que é uma planta da amazônica usada para combater diversos males e, também, pode significar pajé ou senhor da floresta.
Sacaca, pioneiro no Estado na área ambiental foi fundador e o primeiro funcionário do antigo Parque Florestal de Macapá, hoje Bioparque da Amazônia. Desde criança, teve incetivo dos pais a conhecer as plantas e assim passou a fazer remédios caseiros, sempre orientado pela mãe. Suas garrafadas eram muito conhecidas, como já dito anteriormente. Além de um mestre no quesito de remédios homeopáticos, Sacaca tinha uma memória excelente e também foi um grande contador de histórias. Bem como também foi um ícone do Carnaval amapaense, visto que por 23 anos seguidos foi o Rei do Momo do Carnaval tucuju. Sua outra contribuição a cultura foi também na fundação da União dos Negros do Amapá (UNA).
Sacaca também publicou três livros “A à Z” sobre as plantas curativas. Além das suas contribuições na cultura e área parte ambiental, Raimundo dos Santos também contribuiu muito para o esporte amapaense, visto que, era um torcedor fanático e massagista do Esporte Clube Macapá. Um fato interessante sobre a vida de Sacaca é que ele se casou com a primeira miss Amapá, Madalena Souza, com quem teve 10 filhos biológicos e quatro adotivos.
Sacaca veio a falecer em 1999, aos 73 anos, deixando um legado muito grande não somente no nosso estado, mas no mundo, o que lhe rendeu receber, de forma póstuma, a mais alta condecoração da Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture, em 2018. Além disso existe um Memorial sobre a vida de Sacaca, no Museu Sacaca, devido ao fato dele ter contribuído bastante para a valorização das plantas, da cultura do Amapá e o Museu ter o objetivo de valorizar tais aspectos também.
Gostou? Muito bom conhecer mais daqueles que tanta fizeram por nosso estado, até semana que vem sumano!
Por João Vitor